ORAÇÃO DIANTE DA PALAVRA

26-06-2012 20:12

 


FICHAMENTO

NUNES, Barbosa[1]. Oração diante da palavra (Meimei)

Espírito Santo: Jornal O Malhete, edição de junho de 2012, p.8.

 

“Palavra, elemento distinto de fala ou escrita, que funciona como condutor de um significado. Do latim parábola, do grego parabolé. Pode ser definida como conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente com a ideia que transmite.

A palavra oral, escrita é hoje usada intensamente e de forma abreviada na internet, ora com autoria, outras vezes por mãos que se escondem, instrumento poderosíssimo para o bem, mas também para o mal. Se usadas como armas, ferem. Se com apoio, amor, compreensão, amizade, respeito, consideração, fraternidade, equilíbrio, coração sem mágoa, transformam-se em orações que contribuem para um mundo melhor, sempre para somar, nunca para dividir. Sempre para construir laços fraternais, nunca para desagregar. Sempre como crítica construtiva, nunca depreciativa.

É na verdade a expressão e revelação de quem a profere, por isso como afirmou Henry George Bohn: `Use, na discussão palavras suaves e argumentos sólido. Enquanto Mahatma Gandhi afirma: `O homem arruína mais as coisas com as palavras do que com o silêncio`.

É preciso ter muito cuidado ao proferir palavras. Estas geram atitudes, que geram hábitos e os hábitos formam a personalidade. A personalidade é o conjunto de características (...) que determina a individualidade pessoal e social de alguém, mostrando o que a pessoa as vezes esconde em seu interior.”

“(...)como fim supremo a fraternidade(...).”

“O que significa a palavra fraternidade”?

“Convivência como de irmão de sangue, harmonia e camaradagem, na sua essência significa amar aos outros como ama a ti mesmo, vivendo em harmonia, evitando brigas e desentendimentos, trazendo no coração a bondade por Deus recomendada.”

“(...).”

“Assim, é que convido (...) a orarem comigo a `Oração Diante da Palavra` de `Meimei`, nome do espírito que se manifestou através de mensagens psicografadas por Francisco Cândido Xavier. Meimei quando em vida era Irma de Castro Rocha, nascida na cidade de Mateus Leme, Minas Gerais, em 22 de outubro de 1922, desencarnada em Belo Horizonte, em 1 de outubro de 1946. Ficou conhecida pela família espírita com `Meimei`, expressão carinhosa adotada por ela e seu esposo Arnaldo Rocha, com quem viveu apenas dois anos até o seu falecimento, a partir da leitura que fizeram do livro `Momentos em Pequim, do filósofo chinês Lyn Yutang. (...) encontraram o significado de meimei `a noiva bem amada`. Este apelido ficara em segredo entre o casal. Depois de desencarnada, Irma passa a se identificar como Meimei, nas suas mensagens psicografadas”.

Senhor! Deste-me a palavra por semente de luz. Auxilia-me a cultivá-la. Não me permitas envolvê-la na sombra que projeto. Ensina-me a falar para que se faça o melhor. Ajuda-me a lembrar o que deve ser dito e a lavar da memória tudo aquilo que a tua bondade espera que se lance no esquecimento. Onde a irritação me procure, induz-me ao silêncio, e, onde lavre o incêndio da incompreensão ou do ódio, dá que eu pronuncie a frase calmamente que possa apagar o fogo da ira. Em qualquer conversação, inspira-me o conceito certo que se ajuste à edificação do bem, no momento exato, e faze-me vigilante para que o mal não me use, em louvor da perturbação. Não me deixes emudecer diante da verdade, mas conserva-me  em tua prudência, a fim de que eu saiba dosar a verdade, em amor, para que a compaixão e a esperança não esmoreçam junto de mim. Traz-me o coração ao raciocínio, sincero sem aspereza, brando sem preguiça, fraterno sem exigência e deixa, Senhor, que a minha palavra te obedeça a vontade, hoje e para sempre”.

(...).

“O caminho para a vida superior começa na prestação de serviço aos outros. Deus necessita de sua colaboração e espera por ti”.



[1] Advogado, ex-radialista, delegado de polícia aposentado, professor e Grão Mestre da Maçonaria Grande Oriente do Estado de Goiás.